Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 18(45): 3862, 20230212.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1525904

ABSTRACT

No Brasil, as pessoas privadas de liberdade estão submetidas a condições inapropriadas de encarceramento, com dificuldades de acesso aos serviços de saúde, ainda que este direito seja reiterado por políticas nacionais e internacionais. Este artigo teve como objetivo apresentar o atendimento de pessoas privadas de liberdade por crimes gerais no período de julho a dezembro de 2019. Estudo observacional, transversal, quantitativo, tipo inquérito de uma amostra aleatória e representativa de uma penitenciária masculina, com aplicação de um questionário sobre as condições de saúde cujos diagnósticos foram categorizados pela Classificação Internacional de Atenção Primária e suas associações analisadas pelo teste de qui-quadrado e análise de variância. A maioria dos 200 participantes tinha entre 30 e 49 anos (73%), era de pardos ou pretos, solteiros, com baixa escolaridade, encarcerados em uma unidade superlotada (227%), tabagistas (49%) e sedentários (75%). O atendimento foi o primeiro para 40% dos presos, 74,5% deles possuíam até dois problemas de saúde, sendo os principais relacionados a problemas endócrinos e metabólicos, como obesidade, dislipidemia e hipertensão arterial. A eutrofia foi o diagnóstico mais encontrado e 65% avaliaram sua saúde como boa ou muito boa. Houve associação entre o número de diagnósticos entre aqueles com maior idade (p<0,01) e a prescrição de medicamentos (p<0,01). O sedentarismo foi mais significante entre os tabagistas com razão de prevalência de 1,65 (intervalo de confiança ­ IC95% 1,12­2,43). Foram realizadas cerca de duas orientações para cada atendimento, predominando aquela sobre alimentação e prática de atividade física. Foram prescritos medicamentos para metade dos presos atendidos (52,5%) e transferência para atendimento em outros serviços em 5% deles. O estudo revelou a presença de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis e que o atendimento clínico na unidade prisional por médicos de família e comunidade é exequível e resolutivo, reduzindo atendimentos extramuros, diminuindo custos e aumentando a segurança de trabalhadores e usuários


In Brazil, people deprived of liberty are subjected to inappropriate conditions of imprisonment, with difficulties in accessing health services, even though this right is reiterated by national and international policies. This article aimed to present the health care of people deprived of liberty for general crimes treated from July to December 2019. Observational, cross-sectional, quantitative, survey-type study of a random and representative sample of a male penitentiary, with application of a questionnaire about health conditions, whose diagnoses were categorized by the International Classification of Primary Care and their associations analyzed by the chi-square test and analysis of variance. The majority of the 200 participants were between 30 and 49 years old (73%), brown or black, single, with low education, incarcerated in an overcrowded unit (227%), smokers (49%), and sedentary (75%). It represented the first consultation for 40% of users, 74.5% had up to two health problems, the main ones being related to endocrine and metabolic problems, such as obesity, dyslipidemia, and high blood pressure. Eutrophy was the most common diagnosis and 65% rated their health as good or very good. There was an association between the number of diagnoses among those who were older (p<0.01) and medication prescription (p<0.01). Sedentarism was more significant among smokers with a prevalence ratio of 1.65 (95%CI 1.12­2.43). About two orientations were carried out for each service, predominating orientation on food and physical activity. Medications were prescribed for half of the prisoners assisted (52.5%) and transfer to other services for 5% of those assisted. The study revealed the presence of risk factors for non-communicable chronic diseases and that clinical care in the prison unit by family doctors is feasible and resolving, reducing extramural visits, reducing costs, and increasing the safety of workers and users.


En Brasil, las personas privadas de libertad están sujetas a condiciones de encarcelamiento inadecuadas, con dificultades para acceder a los servicios de salud, aunque este derecho sea reiterado por políticas nacionales e internacionales. Este artículo tuvo como objetivo presentar la atención a la salud de personas privadas de libertad por delitos generales en el período de julio a diciembre de 2019. Estudio observacional, transversal, cuantitativo, tipo encuesta, de una muestra aleatoria y representativa de un centro penitenciario masculino, con aplicación de un cuestionario sobre condiciones de salud, cuyos diagnósticos fueron categorizados por la Clasificación Internacional de Atención Primaria y sus asociaciones analizadas por la prueba de chi-cuadrado y análisis de varianza. La mayoría de los 200 participantes tenían entre 30 y 49 años (73%), morenos o negros, solteros, con baja escolaridad, recluidos en una unidad de hacinamiento (227%), fumadores (49%) y sedentarios (75%). Representó la primera consulta para el 40% de los usuarios, el 74,5% presentaba hasta dos problemas de salud, siendo los principales relacionados con problemas endocrinos y metabólicos, como obesidad, dislipidemia e hipertensión arterial. La eutrofia fue el diagnóstico más común y el 65% calificó su salud como buena o muy buena. Hubo asociación entre el número de diagnósticos entre los de mayor edad (p<0,01) y la prescripción de medicamentos (p<0,01). El sedentarismo fue más significativo entre los fumadores con una razón de prevalencia de 1,65 (IC95% 1,12­2,43). Se realizaron cerca de dos orientaciones por cada servicio, predominando la orientación sobre alimentación y actividad física. Se prescribieron medicamentos a la mitad de los internos atendidos (52,5%) y traslado a otros servicios al 5% de los atendidos. El estudio reveló la presencia de factores de riesgo de enfermedades crónicas no transmisibles y que la atención clínica en la unidad penitenciaria por médicos de familia es factible y resolutiva, reduciendo las visitas extramuros, reduciendo costos y aumentando la seguridad de los trabajadores y usuarios.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(12): 4475-4484, Dec. 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404183

ABSTRACT

Resumo Para estimar a prevalência de fatores de risco e doenças crônicas não transmissíveis em pessoas privadas de liberdade, foi realizado um estudo descritivo, transversal e quantitativo, com aplicação de questionário, atendimento clínico e exames laboratoriais. Foram sorteados 202 participantes de uma penitenciária masculina, em 2019. A análise dos dados verificou associações por meio do teste exato de Fisher e do teste qui-quadrado. O perfil sociodemográfico predominante dos participantes consistiu em solteiros, negros, maiores de 30 anos, de baixa escolaridade e alta reincidência penitenciária. A maioria era sedentária, tabagista, com alto consumo de álcool e drogas antes do encarceramento. Encontrou-se prevalência de 24,8% de hipertensão arterial, 54,5% de dislipidemia, 49,9% de excesso de peso, 16,8% de síndrome metabólica e 2,5% de diabetes. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde associada às longas penas e ao ambiente insalubre propiciam o desenvolvimento e agravamento de doenças crônicas e seus fatores de risco, representando um desafio para a organização da atenção à saúde prisional. Esse cenário reitera a necessidade de aplicação de recursos e esforços para a efetivação do cuidado integral, longitudinal e equânime para as pessoas privadas de liberdade.


Abstract A descriptive, cross-sectional, and quantitative study was conducted in 2019 with 202 participants randomly selected from a male penitentiary, with the application of a questionnaire, clinical care, and laboratory tests to estimate the prevalence of risk factors and noncommunicable chronic diseases in people deprived of their liberty. Data analysis verified associations using Fisher's Exact Test and Chi-square Test. The predominant sociodemographic profile of the participants consisted of less-educated single, black, over 30 males with high prison recidivism. Most were sedentary smokers with high alcohol and drug consumption before incarceration. We identified prevalence levels of hypertension (24.8%), dyslipidemia (54.5%), overweight (49.9%), metabolic syndrome (16.8%), and diabetes (2.5%). The difficulty in accessing health services associated with long sentences and the unhealthy environment favors the development and deterioration of chronic diseases and their risk factors, a challenge for the organization of prison health care. This setting reiterates the need to apply resources and efforts to implement comprehensive, longitudinal, and equitable care for people deprived of liberty.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL